n# E lá vamos nós com o terceiro campeão! Ai, ai, será que conseguirei chegar ao décimo (já estamos na décima Atividade Quinzenal)?
# O post 1 dos campeões explica o que é esse negócio de Arena e Atividades Quinzenais, é só dar uma buscazinha rápida ali nos arquivos, ou, melhor ainda, se registrar no RPG-X! \o/
# A Atividade Quinzenal teve como tema ET's e durou até 11/2/2007
# Um doce pra quem adivinhar o campeão! Sim, ele! Garret, tricampeão da Arena, medalhista de ouro absoluto! O.O
# Conto muito bom, aproveitem! E acessem o RPG-X para conhecerem os outros textos, que, embora não tenha sido campeões, merecem a leitura por serem ótimos.
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Eu ET?
- Senhor, acho melhor reconsiderar esta idéia. - disse o jovem. - Com todo respeito que tenho por sua inteligência abençoada, tenho que descordar do que está tencionando fazer.
- Não tenciono fazer nada jovem aprendiz, já fiz. Tenho autoridade suficiente para isto. Nossas tropas partiram antes da aurora com ordens de exterminar qualquer ser vivo que encontrar. - O líder falou firmemente com uma expressão rígida que inibia (por medo ou respeito) mais perguntas. - Estes Ets não merecem viver.
O aprendiz abaixou a cabeça e voltou para seu assento próximo a janela a fim de confirmar o que seu mestre acabara de dizer. Mesmo de tão longe pode ver um planeta em guerra. Explosões aconteciam a todo o momento. Naves partiam e retornavam freneticamente levando a destruição daquele planeta.
O jovem virou e apanhou sobre a mesa sua luneta telescópica de hiper-aproximação.
Mirou o planeta e entre destroços e explosões atentou para uma cena.
Viu um dos ETs que corria desesperadamente.
Aproximou mais a imagem e notou lágrimas na face daquele ser. Viu o terror naquele rosto. O medo, desilusão, a dor.
- Eles choram como nós. - disse baixinho o aprendiz. - Que direito temos de decidir quem vive e quem morre? Destruindo os outros, mesmo que sejam diferentes de nós, no fim, nos destruímos.
Acompanhou o ET pela luneta. Ele estava cansado e não demorou muito até que caiu morto atingido por uma explosão. Seu corpo frágil jazia ao chão, inerte.
O aprendiz depositou a luneta no mesmo lugar que ela estava poucos minutos atrás e fechou a janela pensativo. Pouco depois, seu mestre retornou e dirigiu-lhe suas ordens.
- Onde está meu diário? Quero que anote o que irei dizer. - disse o mestre enquanto sentava em sua poltrona.
E estas foram as palavras escritas no diário de bordo do Capitão Borvório:
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15 de janeiro do ano de 2120
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Acabamos neste instante, de forma arrasadora, com toda a raça de Ets deste planeta.
Não foi uma tarefa difícil pois perdemos poucos dos nossos. Eles não mereciam a vida.
Destruíam seus próprios recursos e seus pares. Com nossos esforços de guerra, conseguimos salvar o que restou deste planeta que servirá para nós como base de suprimentos.
Planeta este de nome Terra.
Seus habitantes, cuja raça denominava-se humanos, está para sempre, erradicada.
Eu, Borvório, declaro que nós, os Talmarianos, triunfamos novamente e que qualquer Extra-Talmariano inconseqüente será tratado como inimigo, assim como estes Humanos, foram.
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O aprendiz esperou que seu mestre saísse da sala para logo depois quebrar sua luneta enquanto pensava no dia em que alguém o observaria de algum lugar, com uma luneta talvez parecida com a sua, e o veria correr com lágrimas na face desesperado até cair morto por uma explosão.